Helena Kolody

A vida bloqueada
instiga o teimoso viajante
a abrir nova estrada.

Helena Kolody

sábado, 5 de maio de 2012

ESQUIVAS

Esquivas

Quem se propõe a escrever

enreda-se em bruxarias.

Sempre diz menos (ou mais)

do que pretende dizer.

Postado por Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira às 20:36

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Marcadores: esquivas, helena kolody, leonardo francisco nogueira

Um comentário:

Anônimo15 de maio de 2012 às 18:16
Parabéns pelo trabalho! Que honra ter uma carta assinada por Helena Kolody.
Andreza
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O meio ambiente pede ajuda

Até hoje ainda não se consegue entender o pensamento dos seres humanos, pois dizemos estar preocupados com a situação da qual se encontra o nosso Planeta e mesmo assim não tomamos as devidas providências para melhorar este caos ambiental.

Os desmatamentos, as queimadas e, principalmente, o uso de agrotóxicos, um dos principais malfeitores do meio ambiente, estão pouco a pouco destruindo a vida.

Há tempos remotos o ser humano sabia inovar, criavam novas técnicas sem se prenderem às novas tecnologias, que trazem o progresso, mas também o retrocesso... o retrocesso da vida.

Hoje, olho através da janela de meu quarto, observo pelo vidro do carro ou do ônibus e vejo o horizonte, e percebo as transformações ocorridas com o passar do tempo e chego a conclusão de que se nós não agirmos e tomarmos as devidas medidas na prática não seremos nós que iremos sofrer com as conseqüências, e sim as próximas gerações, nossos filhos!

Por menor que seja a nossa colaboração hoje, o amanhã existirá, e um dia esse simples gesto será útil para o nosso Planeta!

Mayara Inácia de Jesus

Preconceito

Pessoa com preconceito

Não merece respeito.

Para quê o preconceito?

Se somos todos iguais!

Daniella Batista

Pedido

Pedi ao amor

Para não ter mais ciúmes...

Percebi que pedir assim

É o mesmo que pedir para a luz

Não lançar mais sombras.

Geovana Silva Rodrigues

O amor

Um grande amor pode nascer

D’uma simples troca de olhar,

De encontros e desencontros!

O amor é como o fogo

Que queima, ilumina e incendeia

Um coração apaixonado!

O amor é sentimento único e inexplicável

Para se escrever...

Pois não há palavras para descrevê-lo...

O amor pode ser duradouro

Outras vezes não!

E quando acaba sem explicação

Deixa um vazio, uma solidão!

Muitas vezes, o amor dura

Trazendo somente alegria

No coração de quem ama!

Gabrielly Colto Villela

Meio ambiente

Rios sujos, enchentes,

Talvez você não saiba

Mas são tão frequentes.

Lixos no chão, nas encostas, nos esgotos

Papéis daqui e dali

Que estão expostos.

É assim o meio ambiente

Se todos não cuidar

Prejudica muita gente.

Ludmila Cristina Rocha

O amor

Quando te vejo

Lembro daquele beijo

E mesmo que tenha acontecido no passado

Ainda não foi apagado.

Maria Cristina Santos

Interior

Lá fora está chovendo

O vento é forte

Eu aqui, choro por alguém.

Daliane de Sá

Preconceito

Está na hora de todos acordarem

Pensar que somos diferentes.

Devemos respeitar

Porque ser diferente é normal

O esquisito é ser igual.

Contra o preconceito devemos lutar.

Jessiane Moreira

Natureza

Nem sempre te preservamos

Mas só por você que aqui estamos,

Fonte de vida e de energia

Que tanto precisamos.

Patrícia Polonha

A minha paixão

Eu sonho com teu olhar,

Pois isso não me deixa

Esquecer de te amar.

Vejo seus olhos

Olhando em outra direção,

Machucando ainda mais meu coração.

Seus lábios são como mel,

Só de vê-los

Transporto até o céu.

Quero tanto te dizer que amo você,

Sei que isso é impossível

E só me faz sofrer.

O meu coração

Está ferido

Por esse amor que não é correspondido.

Débora Teixeira Ferreira

Mãe

Que neste dia irradie alegria nos corações

Dessas mães que com amor e carinho

Cuidam de seus filhinhos.

Mãe auxilia e ensina

Nada seríamos sem o teu amor

Apenas poeira que o vento carrega.

Por isso, digo a todas as mães:

O amor dos vossos corações

Bendiz os filhos teus.

Rosana Santos da Costa

Mãe

O amor de mãe é valioso

Não há amor igual

Nada pode destruí-lo.

Geovana Sobrinho de Oliveira

Amor

A luta de dois corações contra o sentimento,

Ambos querem, mas fogem dele

Por não compreender o amor.

Carolayne Stefany

“Não sabe explicar

O sofrer por amor

Quem nunca amou”

Kaline Ribeiro

Mãe

Nem sempre de sangue

Sempre de amor,

Mãe que gerou

Mãe que não gerou

Mãe que escolheu e amou.

Tatiane Modesto

**********************************

Família Faz Bem e nos Traz Paz

Na minha vida, o que sempre me trouxe paz de espírito foi minha família, pois estar com meus pais, irmãos e sobrinhos é maravilhoso, e apesar dos problemas que normalmente acontecem no dia a dia, eles me fazem sentir melhor. Nas dificuldades e acontecimentos que já passei, na tristeza e na alegria, tudo foi superado e compartilhado com eles. Quando mais precisei de ajuda, meus pais deram compreensão e carinho, e eu não sei o que seria de mim sem eles.

Eu me sinto bem se estou com meus amigos ou se estou ouvindo uma música, mas nada me faz tão bem quando eu chego em casa e vejo minha mãe com aquele jeitinho doce de quem sempre estará a sua espera, e meu pai feliz, e eles, apesar de cansados, me dão tanto carinho.

Por isso, agradeço a Deus pela maravilhosa família que tenho, e carrego em mim todo o amor e ensinamentos que meus pais passaram para mim e meus irmãos. Tudo que ensinaram a mim foi procurar fazer as coisas com paciência e calma, por isso esse texto foi uma coisa que gostei tanto de fazer, pois falar de minha família é uma coisa que me faz bem.

Eu tenho orgulho de minha família, eles me trazem a paz e me fazem feliz.

Karina R. de Souza. 3º A EM

O Que Me Traz Paz de Espírito?

Paz de espírito, um assunto pouco discutido mas de muita importância para todos, pois ela muitas vezes vem através de boas ações para com o próximo ou para consigo mesmo. Mas o que é paz de espírito?

Muitas pessoas não conseguem descrever o que é paz de espírito, pois é um sentimento interno, e cada um tem um jeito de demonstrar. Um momento a sós com a família contemplando a natureza, estando ao lado de quem se gosta, ajudando o próximo, pode trazer a paz de espírito.

Hoje, na sociedade em que vivemos, é muito difícil encontrar pessoas que pensem em ajudar o próximo sem levar algum tipo de vantagem, ou que fiquem felizes com o sucesso de outras pessoas, tudo isso por causa do capitalismo que a cada dia que passa torna a sociedade cada vez mais individualista.

A paz de espírito vem de dentro de cada um. Basicamente, é só fazer o que mais gosta ou então estar ao lado de quem mais se gosta. Isso, para certas pessoas, pode fazer muita diferença, deixando-a com o espírito em paz.

Guilherme Delmônico Frasquetti. 3º A EM

Paz de Espírito

Ter paz de espírito, para muitas pessoas, é estar feliz consigo mesmo, mas para mim não é apenas isso. Para mim, para ter paz de espírito é preciso algo a mais. Creio que é você poder acordar de manhã com a consciência limpa de não ter feito nada de errado; é eu ter minha própria convicção do mundo e poder tirar minhas próprias conclusões. É saber que tentei o máximo que pude para conseguir algo e não me arrependi; é fazer não só eu mesmo feliz, mas os outros também; é ver ninguém chateado por algo que fiz ou deixei de fazer.

No final das contas, cada um cria sua paz de espírito da maneira que desejar. Às vezes isso é simples, às vezes é complicado. Mas sempre damos um jeitinho de ser felizes, nunca desistindo, afinal, somos brasileiros.

Alisson Leal do Nascimento, 3º A EM

Em Busca da Felicidade

O que me traz paz de espírito é estar bem comigo mesmo, é estar tranquilo e feliz.

Hoje vivemos em um mundo muito agitado e com várias coisas para fazer ao mesmo tempo. Às vezes nos irritamos com alguma coisa e perdemos a paciência, e com isso ficamos de mau humor e às vezes até tratamos mal as pessoas próximas a nós.

Uma das principais atitudes para ter paz de espírito é ter Deus no coração, pois sem Deus não chegamos a lugar nenhum.

Por isso é necessário estar sempre bem com a gente mesmo para assim poder tratar os outros bem, pois quem vive de mau humor, de mal com a vida, só atrai doenças e coisas ruins para si mesmo, e nunca está feliz.

Dirceu Conde Sanches Netto. 3º A EM

V FEIRA DO LIVRO – COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO FRANCISCO NOGUEIRA – EMNP

09/05/12

Todos pela EducAÇÃO.

Fotografia: Lilian Andrade

Por Loren Wahl

I

Senhora Helena Kolody,

uma mulher muito elegante

e acima de tudo,

uma pessoa importante.

II

Foi a primeira no Paraná

a escrever haicais

e por isso eu vos falo:

não será esquecida jamais.

III

Ela foi professora

na cidade de Jacarezinho

onde pôde expressar

todo o seu carinho.

IV

Carinho pela leitura,

criatividade e imaginação.

Passou seu conhecimento

que chegou aqui em Pinhalão.

V

Uma cidade pequena

mas muito importante,

pois no Colégio Leonardo

formam-se estudantes.

VI

Estudantes excelentes

com muita criatividade,

pois visitam com frequência

a biblioteca ‘Lairton Trovão de Andrade’.

VII

Um nome muito importante

principalmente para a nossa cidade,

pois ele é um excelentíssimo escritor

e compôs muitas obras de arte.

VIII

Quando falamos em leitura,

não existe preconceito.

Independentemente de idade ou cor,

todo mundo tem direito.

IX

Quem lê pela primeira vez

um excelente livro

vê logo de cara

que encontrou um novo amigo.

X

Amigo este

que não queremos perder jamais,

pois ele abre um novo mundo

do qual não queremos sair jamais.

Aluna do 3ª B – Formação de Docentes

Sob a orientação da professora Marli Brandani

Senhora do Destino

Carolay Martins

Um dia, bem distante talvez,

Do que eu seja hoje

Uma estrela brilhará para a minha sorte

Cicatrizando no coração um imenso corte.

Talvez poderia achar um diamante

Que para a pobreza seria um quebrante,

Sobre olhos tristes, a alegria logo vem

Como o turista, passageiro de um trem.

Para a felicidade basta três palavras:

A recebida, a pensada e a pronunciada,

Pois com elas receberá sucesso na estrada.

Mas, do que vale tudo isso, s’eu não for amada!

Aluna do 1° A – Formação de Docentes

Sob a orientação da professora Lilian R. de Andrade

Helena Kolody para o escritor Lairton Trovão de Andrade

O Sítio

Lairton Trovão de Andrade

Neste sítio, onde nasci,

Floresciam cafezais;

Terra cheia de magia

E de encantos naturais.

Todo o dia a passarada

Acordava a bela aurora,

Que trazia sol dourado,

Com fantasias à flora.

As arapongas da mata,

Os periquitos em bando,

No alpendre, o papagaio,

Pombas-do-ar arrulhando.

Com jacá de milho às costas

Vejo, ainda, o nego Tião,

Espantando mil rolinhas

Do interior do mangueirão.

A madrinha, com vasilha,

Saiu, às pressas, da tulha;

Assustada, de repente,

Gritou logo pela Júlia.

-“O que foi, Dona Sinh’Ana,

É esse pato faminto”?

-“Não! Não! Afasta pra mim

Essa galinha de pinto”!

E tico-ticos peraltas

Ficavam o dia inteiro,

Roubando farta quirera

Dos patinhos do terreiro.

No calor do sol da tarde,

Garotos, no ribeirão,

Banhavam-se em algazzarra,

Vestidos tal qual Adão.

E na areia do riacho

Espreguiçavam-se patos,

Sob os olhares amigos

De dois cães e quatro gatos.

A pobre vaca, a Laranja,

Do Laudelino adquirida,

Sofria ataque esquisito:

Ficava doida varrida.

Fazia-se rapadura,

Quando se moía a cana;

Os garotos alegravam-se

Com garapa de caiana.

À noite rangia o monjolo,

Pilando porções de milho,

Ou moía alvas mandiocas,

Das quais provinha o polvilho.

Na época da colheita,

O cafezal era rubro;

Colhia-se o café,

Que secava até outubro.

Os freqüentes mutirões

Reuniam a rapaziada;

À noite, o fandango e o baile

Davam vida a madrugada.

A gaita de oito baixos,

Viola, pandeiro e violão

Soavam, em serenata,

E acordavam o grotão.

Naqueles bailes de outrora,

Dançava-se muito a gosto:

O cavalheiro vestia

Máscara preta no rosto.

Quanta saudade do sítio,

Do sítio, onde nasci,

Pois lá nasceu minha infância,

Da qual jamais me esqueci.

Hoje mudaram-se os dias,

Mas com sentimento e fé,

Minha infância ainda sinto,

Lá no sítio São José.

História e Poesia

HISTÓRIA E POESIA

HISTÓRIA & POESIA

A caracterização da Revolução Industrial (século XVIII) é marcada por diversos fatores responsáveis pela consolidação do capitalismo e pela atuação do homem em suas relações cotidianas. Para legitimar a conservação do sistema econômico global, o capitalismo gera profundas transformações na sociedade em prol da garantia de sua existência, pois enquanto a burguesia consolidava sua posição no poder político e econômico, as condições de vida dos trabalhadores urbanos se deterioravam e estes não acompanhavam as vantagens que o progresso tecnológico trazia para a elite dominante capitalista.

Os respectivos fatores encontram-se vinculados entre si a partir de uma concepção voltada para as mudanças ocorridas nas últimas décadas do século XX que resultaram em uma nova visão de mundo e em uma nova forma de inserção do homem no meio social, cujo núcleo dessas transformações encontram-se não somente nos aspectos de ordem política e econômica, mas também de ordem social e cultural, resultando num novo paradigma do mundo atual.

Dentro desde contexto, daremos ênfase à Revolução Cultural, da qual deve ser apontada como uma das conjunturas dos padrões da nova sociedade, pois se encontra modelada intrinsecamente nas novas normas culturais nascentes durante o século XIX e na primeira metade do século XX, significando o rompimento dos laços dos indivíduos com o fator social, surgindo mudanças de comportamento na vida do homem, principalmente dos jovens, enquanto ser social.

A família, constituída em seu todo, deixa de ser modelo padrão, o convencionalismo das instituições é deteriorado, surgindo, assim, novas gerações independentes, colocando a emancipação da mulher como um dos elementos cruciais dessa mudança.

Cresce o número de divórcios e o número de pessoas vivendo sozinhas; aparecendo paulatinamente o perfil das novas gerações, cujos jovens se transformam em sujeitos sociais independentes, com pensamentos próprios; repercutindo, por um lado, na independência pessoal, no surgimento de novas revoluções sociais provenientes de modificações nas estruturas da sociedade – combate ao racismo, ao preconceito, proteção ao meio ambiente, defesa do homossexualismo, entre outros. Tal mudança de padrões qualifica o jovem como protagonista de si mesmo e defensor da liberdade, em todos os sentidos, dando origem à uma multiplicidade de valores contraditórios, pois, se temos, por um lado, a busca da eliminação do preconceito e do racismo, o fortalecimento das virtudes coletivas, a indignação das desigualdades sociais, a prática da solidariedade, a luta pela paz e pela justiça, a busca pela preservação da natureza, buscando um equilíbrio ambiental; por outro, temos o individualismo, os marketings que rotulam o indivíduo - onde este passa a ter valor pelo poder aquisitivo, pela roupa que usa, por aquilo que possui, e não por aquilo que realmente é - o consumismo desenfreado, a busca do prazer pessoal como a supremacia da vida, a teoria do desapego emocional, a corrupção, não somente no contexto político como também no contexto pessoal. Por conseguinte, essa diversidade de valores recai no conceito daquilo que é virtude e daquilo que é vício, repercutindo na dispersão moral e ética do indivíduo.

Nascendo o individualismo, o rompimento do social, nasce a alienação dessas novas gerações com as ações públicas, enquanto entendidos aqui como cidadãos e sujeitos críticos e participativos da sociedade da qual se encontram inseridos.

Podemos, ainda, citar dentro deste contexto a sociedade de consumo, que é a integração dos interesses desta com os meios de comunicação de massa, que deu origem, por sua vez, a uma cultura de massa, que significa o consumo em massa dos produtos da indústria cultural.

A competitividade gerada pela produção em série que originou a sociedade de consumo provoca comportamentos individualistas e egoístas; acrescentando a isso, as tecnologias de informação e comunicação, que se tornaram globais, aproximando pessoas de todo mundo, mas também resultando num afastamento presencial entre essas mesmas pessoas.

A própria educação em massa também contribui para o fortalecimento da apatia social, uma vez que a Educação deve ser entendida como fator essencial não somente no que concerne ao conhecimento científico, mas também entendida como mediadora da socialização, dos princípios morais e éticos; portanto, encontra-se falida em suas estruturas, uma vez em que a Educação acaba sendo contraditória, pois as instituições de ensino atuam como mediadoras das correntes transformadoras, tendo por objetivo qualificar o indivíduo para o mercado de trabalho, ação esta que valoriza os grupos capitalistas vigentes, acompanhados do próprio sistema capitalista, entrando em contradição, pois ao usar o discurso da inclusão social, colocando-o teoricamente na prática, acaba excluindo, uma vez que essa inclusão é anestesiada pela incoerência da verdadeira função da Educação: formar indivíduos críticos e transformadores e não analfabetos funcionais, que possam ser futuras marionetes das classes dominantes. A função primeira da Educação deve estar direcionada para a integração e inclusão de todos numa sociedade justa e igualitária. Porém, as bases sólidas que deveriam nortear os princípios morais e éticos enraizados na família durante a vida escolar, encontram-se limitados pela própria estrutura do Estado, da família e da sociedade, o que repercute nas conjunturas caóticas de nossa atual sociedade.

Surge, ainda, a globalização, iniciada com o liberalismo econômico e consolidada pelo neoliberalismo, que de um lado tende a liberalização do mercado, aprimorando a riqueza mundial; por outro, limita o acúmulo de lucros sobre o capital, impedindo a taxa de crescimento gerando o aumento da pobreza. A globalização inserida no neoliberalismo vigente representa não só a flexibilidade de mercado, da economia, do progresso, da informação, das mudanças dos meios de produção, da tecnologia de ponta; mas também gera desigualdades sociais e econômicas entre os povos, levando a exclusão social, o desemprego, consumismo, individualismo, competitividade. Além disso, a globalização, é, também, a responsável pelo processo da crise mundial, sentidos na deterioração do convívio social que incentiva a violência, a discriminação, o preconceito; o racismo e o individualismo, sendo, ainda, a responsável pelas mudanças no clima e no meio ambiente. O capitalismo, consolidado a partir das inovações tecnológicas da Revolução Industrial, transforma a partir de suas conjunturas toda a estrutura da sociedade e, de uma certa forma, o homem passou a ser inconscientemente um ‘maquinomem’.

Lilian Andrade

O ser sem coração torna-se frio

Se transforma em prisioneiro

De sua própria criação.

Michele Freitas Decol

***

O Homem transformou-se em ‘máquina’

Sempre à busca do dinheiro

E nunca pronto para a família.

Rodrigo Baena

***

Acumulando riquezas

Vão-se os valores sociais

Ignoram-se aqueles que estão à sua volta.

Fernanda de Oliveira Moura

***

A felicidade

Encontra-se na família

Eis a verdadeira razão da plenitude do Homem.

Tatiele Sardinha Decol

***

O homem tornou-se

Uma máquina gananciosa

Preocupando-se somente com sua ascensão econômica.

Franciele Sardinha Decol

***

Sendo escravo de si mesmo

Esquece seus sentimentos

Materializa-se em ‘homem-máquina’.

Carla Lucinda Villas Boas

***

Sem moral com a natureza

Cheio de arranco e furor

A vida é agredida.

Gislaine

***

A vida muda o homem

E ninguém percebe...

O homem é que muda a vida.

Gislaine

***

O pensamento humano

Está no lucro

De seu cotidiano.

Thaís Mara Decol

***

Vem a Revolução Industrial - vem o operário

Vem a produção em massa – vem o excedente

Vem o capitalismo – vem a desigualdade social.

Bruna

***

Homem de Lata

Homem de lata

Que se trata e retrata

Homem que não conhece o amor

Mas que conhece a máquina.

Ele não se vê em espelhos

Se encontra no nada de seu individualismo

Age como máquina

Este é o homem de lata.

Entre máquinas e latas

Indústrias e fábricas

Este é o homem-máquina.

Bruna

***

No estado primitivo da humanidade

Não havia maldade

Nascendo a sociedade, o homem domina com crueldade.

Tailine Aparecida Silva

***

Preso em sua ambição

Não se pode ver

O valor do seu coração.

Ana Laura dos Santos

***

A realização do Homem

É ser uma criatura fria

Perante o seu próximo.

Natália Depizzol

***

Alunos do 2° D – Ensino Médio

Sob a orientação da professora Lílian R. de Andrade

HAICAIS

Agora veja o meu estado:

Olhando o futuro

E sentindo o passado.

Ana Paula

***

As estrelas são infinitas

E amar é pra toda vida.

Amando você conquista estrelas.

Patrícia

***

Sabiá chegou

Experimentou primeiro

Mamão docinho!

Milena

***

Num vale perdido

vejo um lindo

lago de águas cristalinas.

Willian

***

Como a justiça e o poder,

o amor se manifesta

nos nossos corações.

Amauri

***

Nada como andar

vagamente com a forte

luz do luar para nos iluminar.

Mauro Baena

***

Como bailarinas,

as árvores dançam

a valsa do vento.

Guilherme

***

Estava numa escuridão,

Vi uma luz estranha piscando:

Era um vagalume.

Julyo César

***

Sobre a palavra

O soldado vai lutar

e morre na mata.

Andrei

***

Nos olhos de um cão

vejo a verdadeira clareza

de um sentimento puro.

José Eduardo

***

O cavalo corre

atrás da liberdade

que eu tanto quero.

Netto Sanches

***

Noites sem dormir,

dias sem descansar,

penso em você sem parar.

Rafael

***

Quando em sua caminhada

Surgirem obstáculos,

Seu futuro estremecerá.

Tiago

***

João-de-barro que canta feliz,

Que bela arquitetura tua casa tem,

A fazer com alma seu aconchegante lar.

Karina

***

Apaga a poesia do ar

deixando rastro de cores

levando a tristeza do olhar.

Larissa Moraes

***

O amor é como uma flor:

às vezes murcha, às vezes floresce,

mas nem sempre dura.

Bruna Baum

***

À noite em uma

Poça na rua

O cão lambe a lua.

Francislaine

***

Na vida,

só temos resultados

quando vivemos.

Valéria Lima

***

O que adianta o amor,

Se o beijo fala mais que mil palavras?

Nós fazemos o amor.

Verônica

***

Saudades do que fiz,

Saudades do que não fiz.

Não sei qual dói mais.

Roberth

***

Nascer do sol na praia

purifica nossas almas

de modo que celebramos o dia que vem.

Alisson

***

Podemos tornar a noite

mais clara que o dia

pelo clarão das estrelas.

Jorge Felipe

***

O medo de tentar e errar

destrói a vida e acaba

com os sonhos.

Maria Aparecida

***

O orvalho cai lentamente,

gota a gota, como a

chuva do telhado.

Roberta Keila

***

Um pássaro canta...

A mãe embala o bebê...

Regra da vida.

Enayad

Alunos do 3° A - Ensino Médio

Sob orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

HAICAIS

Quando vi que ela morreu

a esperança acabou

pus-me a chorar.

Rodrigo Toledo dos Santos

***

Assim tão longe

Como um grande sonho

Última fruta no topo da árvore.

Marcos Vinícius Teixeira Siqueira

***

Andar com fé,

Cada dia um novo recomeço

Que os sonhos podem se realizar.

Angela Maria Rodrigues da Silva

***

Faça de mim

Uma grande história

Mas jamais um passado.

Patrícia Valéria da Silva

***

Assim como as flores,

Cada ser humano tem a

Sua beleza e sua cor.

Giovana Silva Arana

***

O verdadeiro amor

Nunca se desgasta. Quanto mais

se dá, mais se tem.

Bruna Sene de Oliveira

***

É na imensidão de

um nada que se pode

encontrar um tudo.

Cristhiele Marcondes Madeiro

***

Ruas colorindo,

flores já vêm se abrindo.

Lá vem a primavera.

Lauriane Machado dos Santos

***

Chuva que caía

girava a roda d'água.

batia o pó.

Michael Douglas Santos Loureiro

***

Se você se for, meu coração se partirá.

Junto com você,

Só você.

Renan Peterson Costa

***

Minha angústia

Me leva a chorar

Mas Deus vem me alegrar.

Aline Vieira Vilas Boas

***

Nada melhor

Que os ruídos da natureza

Para acalmar a alma.

Isabela Gonçalves de Oliveira

***

Soltas pelo ar,

Várias folhas a voar

Em noite de luar.

Érika Toledo da Costa

***

Preciso de um amigo

Na hora triste e alegre.

Preciso a toda hora.

Emília Maria Freitas Gonzales

***

Brilhou pela manhã

Fechando nossas pálpebras

O sol que despertou.

Paulo Rogério Soares de Melo

***

Estava com saudade

da paz, da esperança tranquila

daquele lugar.

Haldiane Rodrigues Siqueira Silva

***

Alunos do 4° A - Formação Docente

Sob a orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

******************

Essa história é muito boa que eu vou falar para vocês:

É a história de um haikai que eu aprendi em Português.

Eu nem sabia que existia, era bem desconhecido.

Dona Wânia apresentou e ele ficou exibido.

Dona Helena Kolody, o haikai paranaense ela inventou.

Poesia japonesa, conhecido ele ficou.

O haikai é pequenino, tem três versos, dezessete sílabas ou mais.

Pra fazer esse pema, é preciso pensar mais.

Dona Helena Kolody, vou falar para vocês:

Esta mulher esperta fez poema japonês.

O haikai é uma forma de poesia japonesa,

Fala sobre o céu, a lua e também a natureza.

Obrigada, professora!

Deixou eu mostrar para você.

Meu poema já diz tudo o que eu pude aprender.

Thainara Furini

3° B - Formação de Docentes

HAICAIS

Parada, com fome

Observando a presa

A cobra vira um cachecol.

Loren Wahl

***

A canção é uma

bela melodia; logo que a ouço

lembro de você todo dia.

Letícia Queirós

***

As flores se escondem

pra adoçar a boca

de quem as olham.

Marcela

***

A minha pequenês

Comparada ao oceano

desaparece.

Andréa

***

Na luz dos seus olhos

encontro a paz

para minha alma.

Angela

***

A luz dos seus olhos

São como as estrelas

A iluminar o meu caminho.

Helena

***

Pode se ver no escuro

o próximo passo

mas não o futuro.

Dwone

***

Noivos a se beijar

plena noite de lua cheia

infinito amor.

Júlia Caroline

***

Quão perfeita combinação.

Luz e água

Resultam em sete cores.

José Roberto

***

A luz do Sol

desaparece

nas trevas da noite.

Bruna Eduarda

***

Me resta apenas a imagem

Do seu lindo sorriso

Com ele começo e termino os meus dias.

Edivânia

***

No dia escuro

Do vale das sombras

O sol tem brilho eterno.

Thainara Furini

***

No horizonte distante

a terra se une ao céu

e os dois formam um só.

Daniel Oliveira

***

Me pegou de jeito

aquela chuva

que um dia eu peguei.

Valéria Nathália

***

Alunos do 3° B - Formação Docente

Sob orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

*********************

HAICAIS

Fecham-se os olhos
da Terra para que os
da Eternidade se abram.

Bruna Barbosa

***

Aos poucos a brisa leve
Traz o beijo que de leve senti
E em poucos minutos perdi.

Prisciele

***

Dois seres se amando
dois corações sublimes
como o vento pode ser.

Michele Decol

***

Sob os olhos do sol
As paisagens aos poucos
se foram.

Bruniele Barbosa

***

Árvore verde
Que floresce
Sua sombra me apetece.

Rodrigo Baena

***

Presos olham

pela janela

a liberdade dos pássaros.

Thaís Mara Decol

***

As nuvens do céu
Parecem correr
Um percurso de amor.

Gislaine

***

As borboletas a voar
São como
As bailarinas a dançar.

Franciele Decol

***

Uma formiga trabalhando
Sem parar
Parece nunca se cansar.

Tatiele Decol

***

A pomba da casa da velha
rouba o milho do vizinho
para sua fome acabar.

Natália Depizzol

***

O percurso da vida
é como as
ondas do mar.

Luana Decol

***

Assim como o remédio,
a ignorância e a falsidade
tornam-se veneno para o cego.

Tailine Aparecida Silva

***

Nuvem que passa
o sol dorme um pouco
à sombra descansa.

Carla Lucinda Villas Bôas

***

Olhando pela janela da prisão,

eu vejo um girassol

nascendo com muita perfeição.

Júlio César Lemes

***

Alunos do 2° D - Ensino Médio
Sob a orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum.

**********************

HAICAIS

Aproveite cada momento
Porque o vento vem, e vira
a página da vida

Haroldyne Siqueira

***

Ao amanhecer
os grilos cantam e celebram
o sol que logo brilhará.

Jéssika Mayara

***

O amor nasceu
Resistindo ao tempo
E o valor se deu.

Edson Roberto

***

As estrelas
do céu brilham
como num risco de papel.

Adriana

***

Na casa há cachorro
grande, malvado
está apanhando.

Maria de Lourdes

***

As mangas amarelinhas
são sinal do verão.
Os passarinhos as bicam todinhas.

Anna Thaís

***

Tem calor
Mas tem friozinho.
Assim está o verão.

Gabriel Aranda

***

Ao amanhecer
A natureza vibra ansiosa
esperando a Estrela raiar.

Jocelaine

***

Como atrás da bola,
O menino, pela vida,
Corre atrás de seu sonho.

Milene

***

Gotas de chuva
batem na janela
fazendo-me sonhar.

Larissa Vilas Boas

***

No amanhecer do dia
as aves cantam
e alegram nosso dia.

Juliana Morais

***

Cai pequena gota
na cabana velha.
A criança olha na janela.

Dayane Sene

***

A vela é como uma estrela,
sempre haverá uma nuvem
para tentar escondê-la.

Leonardo Andrei

***

As lembranças de
momentos são lágrimas
jogadas ao vento.

Larissa Luvizeto

***

Coração doendo
lágrimas escorrendo
ausência do que foi bom.

Roberta Alexandre

***

Nunca viva na escuridão
Porque viver assim
É como viver uma ilusão.

Juliana Aparecida

***

Entre quatro paredes
pessoas existem tentando
provar que a amizade existe.

Maria Letícia

***

A lua me conduz
Deus me mostra o caminho
E o mundo a luz.

Laís Barbedo

Alunos 2° A - Formação Docente
Sob orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

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HAICAIS

Noite de inverno
Eu sem meu amor
A vida é um inferno.

Carine Fernanda Alves Mathias

***

O outono vai chegando
E na rua as árvores
Um tapete vão bordando.

Suelem Alves da Silva

***

É no andar de uma
criança que
nasce a esperança.

Natali Marques Lisboa

***

Ao te ver descobri
Que tudo que sonhei um dia
Estava ali.

Pauliene Carneiro Facornero

***

Nem tudo são flores
Mas podemos deixar
A vida mais perfumada.

Taymara dos Santos Machado

***

Além do céu
Depois das nuvens
Existe Deus.

Mayara Silveira de Oliveira

***

Cheirinho de fome
Menino na mesa
Numa tarde de conquistas.

Everson Oliveira Silva

***

O sol a nascer
sorriso no rosto
Esperança floresce.

Elessandra de Fátima dos Santos

***

O fracasso só será
definitivo para aqueles
que o virem como reticências...

Amanda Roberta Pereira

***

Observando a tarde de sol
As nuvens do céu
Tomam formas de espirais.

Ediane da Silva Bonin

***

Para quê chorar
se a vida é bela
e fazemos parte dela?

Paloma Lidiana Freitas dos Santos

***

No escuro do meu quarto
Faço de meu travesseiro
A abraço que jamais terei.

Elba Pereira de Paula

***

Mantendo a fé,
Não há sonho que o homem
possa destruir.

Caroline dos Ouros Lopes

***

Amanhece o dia
novas oportunidades
Brilha a esperança.

Giselli Decol da Silva

***

A felicidade está sempre em todos os lugares,
mas só quem consegue enxergar
é quem entende o que é amar.

Paulo Henrique Sabchuk Moreira

***

Pequena brisa fria
Em minha janela anuncia
Aproveite bem este novo dia.

Adriele Vidal Almendanha

***

No calor da minha oração
Encontro o alicerce
Que sustenta minha vida.

Gabriel Bertoldo da Silva

***

Ele não me persegue
Nem eu fujo dele.
Um dia, a gente se encontra.

Andressa Sales de Souza

***

Na vontade de ser feliz,
Sigo meu caminho
Tentando conquistar.

Nayara Monteiro Barbosa

Alunos do 3° A - Formação Docente
Sob orientação da professora
Wânia Laura de Souza Baum

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HISTÓRIA & POESIA

Maquinomem
Helena Kolody

O homem esposou a máquina
e gerou um híbrido estranho:
um cronômetro no peito
e um dínamo no crânio.
As hemácias de seu sangue
são redondos algarismos.

Crescem cactos estatísticos
em seus abstratos jardins.

Exato planejamento,
a vida do maquinomem.
Trepidam as engrenagens
no esforço das realizações.

Em seu íntimo ignorado,
há uma estranha prisioneira,
cujos gritos estremecem
a metálica estrutura;
há reflexos flamejantes
de uma luz imponderável
que perturbam a frieza
do blindado maquinomem.

Os Efeitos do Capitalismo

A sociedade capitalista produziu um mundo desigual, individualista, racista e preconceituoso. Nesse tipo de sociedade, a produção da riqueza se dá pela produção da pobreza, gerando a exclusão social - um dos sintomas típicos do sistema capitalista - que marginaliza uma grande parcela da população, onde esta se divide em ordem hierárquica, sendo o fator econômico o principal elemento dessa divisão de classes. Dentre os diversos efeitos negativos do sistema capitalista, aparece o preconceito e a questão racial como um dos mais graves na nossa sociedade, sendo o sistema capitalista o único responsável por tal aberração, uma vez que o racismo deve ser entendido como fenômeno das conjunturas políticas, econômicas e culturais do mundo capitalista; e não como herança biológica. O conceito raça é produto dos grupos sociais dominantes que procuravam justificá-lo através do etnocentrismo. As raízes da questão racial se encontram na ideologia da superioridade da civilização europeia: a crença de que possuía o melhor sistema social, econômico e cultural: o capitalismo – na época, capitalismo comercial.
O racismo, nada mais é, do que o resultado das justificativas ideológicas do sistema capitalista da sociedade europeia que se sobrepôs através da exploração e submissão da força de trabalho de outrem. Tais justificativas foram fundamentais para o domínio social e econômico das sociedades capitalistas e mesmo com as mudanças ocorridas posteriormente (a abolição) não deixa de ser um fator conveniente às mesmas classes capitalistas; porém agora impulsionado pelas transformações do próprio sistema – capitalismo industrial. A escravidão negra deve ser entendida como um negócio lucrativo de uma das fases do capitalismo – capitalismo comercial – uma vez que o tráfico negreiro tinha por objetivo fornecer o mercado consumidor afim de ampliar os lucros. É partindo do comércio de africanos negros que se pode compreender a escravidão – um excelente e lucrativo negócio. Entretanto, a Inglaterra, que monopolizava o comércio de escravos no mundo, no século XVIII; se tornou a principal defensora da abolição, no século XIX, visando ampliar os mercados consumidores de suas indústrias.
No entanto, os escravos libertos não foram inseridos no espaço “consumo” tampouco dinamizaram o mercado, ficando à margem dos bens que a sociedade produzia. O racismo estruturou-se através da ideologia de dominação de uma classe sobre outra, a partir das relações de trabalho, o que veio a resultar numa preconceituosa ligação com a cor da pele.
Nas sociedades greco-romanas e medievais a escravidão não tinha embasamento na cor da pele – os escravos, principalmente nas sociedades antigas (Grécia e Roma) eram, na maioria, prisioneiros de territórios conquistados, ou até mesmo, escravos por endividamento. Fato que comprova que a escravidão não se originou do racismo; mas o racismo se originou da escravidão. O racismo vem acompanhado (principalmente na atualidade) da condição social ligada ao fator econômico da ordem capitalista – ou seja, a pobreza gerada através do desenvolvimento internacional capitalista, é a responsável pelo racismo e pelo preconceito. Sem desmerecer, ainda, o desemprego – forte componente que contribui para o aumento dos mesmos.
Segundo Gilberto Freyre, o Brasil foi palco de uma verdadeira “democracia racial”, onde a miscigenação presente na construção da sociedade brasileira é vista pelo autor de forma “romântica”. Foi exatamente o contrário, a miscigenação não significou convivências sociais justas e igualitárias; o que ocorreu foi uma nítida desigualdade social e racial que reflete até os dias atuais. Ao contrário de uma construção “democrática” vinculada pelas relações sociais, justas e igualitárias, ocorreu a dominação de uma classe sobre outra em favor do nascente capitalismo brasileiro da época em questão. A construção de uma história fortemente marcada pela legitimação do poder, que colocou as lutas de resistência à escravidão, de forma reduzida e descaracterizada, também pode ser apontada como um outro fator da crença da “democracia racial”.
A falta de conscientização da transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado como pura conveniência econômica ao sistema capitalista, acabou por reforçar as desigualdades sociais e raciais, acentuando a preconceituosa ideia de inferioridade do negro. Fato que cresceu ainda mais quando a hegemonia econômica se transfere para os Estados Unidos, perdendo a Inglaterra (regime parlamentar) sua colocação como a nação mais rica do mundo. A substituição do mercantilismo pelo liberalismo econômico também contribuiu fortemente para acentuar as desigualdades e consequentemente o racismo. (Tanto o mercantilismo quanto o liberalismo econômico são políticas econômicas do capitalismo, onde o primeiro é usado no Antigo Regime - Absolutismo – fase em que o capitalismo era comercial). O capitalismo teve várias caras, e a mesma moeda – gera desigualdade social, sendo esta reforçada com o neoliberalismo vigente..
É lamentável vivermos numa sociedade capitalista da qual foi a única responsável pelo preconceito e racismo existente até os dias de hoje.
É lamentável , um número significativo de pessoas, acharem tudo isso normal e não olhar em volta e perceber que fazemos parte de uma mesma sociedade, sem distinção de raças, sendo a raça humana a única que nos definiria como homens iguais e que jamais poderia ser separada por ideologias que segregam os homens de uma mesma raça – a raça humana.

Lilian Andrade

Maquinomem

Desenho produzido pelo aluno Hélio Gomes de Oliveira Jr - 1° A - Ensino Médio

Poesia social

Ligado ao capital
Desde o tráfico negreiro.
Afastando da sociedade
Se tornando antissocial.

Allan dos Santos

***

Competição

O homem passa por cima
de tudo e de todos
para obter seus objetivos.

Carolayne Stefany Maximino

***

Vamos mudar

Na sociedade brasileira
Há muita discriminação
Eles excluem essas pessoas
Achando que não são cidadãos.

Quem pratica o racismo
Pensa que é pura diversão,
Mas eles não sabem
Que isso machuca o coração.

O preconceito
Tem que acabar
Para ninguém se machucar.

Débora Teixeira Fareira

***

O homem
Individualista,
Neste mundo cada vez mais capitalista.

Aline da Silva Santos

***

Com ideais individualistas
O homem sem sentimentos
Se compõe de frieza.

Kaline Ribeiro

***

O homem não vive
Sem o objeto material,
Sua vida sem ele, é algo irracional.

Jozenilda dos Santos.

***

O homem se fez da máquina
E para a sua existência
Sem ela, ele nada seria.

Gabrielly Aparecida Couto Villela

***

Vivemos um mundo de preconceito
Onde o homem ordena e marginaliza,
Tendo seu fim em si mesmo.

Edilaine Aparecida Domingues dos Reis

***

O homem moderno
Afastado da vida
Se torna 'robotizado'.

Giovana Silva Rodrigues

***

Cheio de ambição
Só pensa em ascensão.
- Ficou sozinho numa estrada sem fim.

Jessiane Moreira

***

O mundo real

Todos nós usufruimos da natureza,
Uns fazem dessa natureza um mar de destruição,
Outros conservam a beleza que Deus nos deu.

Bianca Delmônico

***

Paciência e tolerância
São qualidades raras
No homem moderno.

Renata da Costa Moraes Leal

***

Homem Moderno

O homem sem explicação
Que não segue mais seu coração.
O verde numérico agora é a cor de suas mãos,
Seus olhos só vêem a escuridão.

O homem moderno no seu 'confinamento'
Se sente preso - seu corpo e sua mente,
É tudo, menos prudente
Escravo do sustento inconsciente.

Nas brejeiras noites estás a chorar
Pois friamente não queres da prisão se libertar.
Seu coração é um iceberg gélido e duro,
Dentro dele, tristeza e amargura.

Carolay Martins

***

O homem moderno
Em busca das realizações
Produz a poluição ambiental.

Geovana Sobrinho de Oliveira

***

O homem e a tecnologia
O progresso e o retrocesso
Os homens se deteriorando.

Mylena S. Martos

***

Se hoje uma máquina é mais importante
Que a vida de um homem,
A humanidade está mesmo perdida.

Hellen Klug

***

Alunos do 1° A - Formação Docente
Sob orientação da professora Lilian R. de Andrade.

Haicais

As crianças rindo

Sinal que estão felizes

Abrindo seus presentes de natal.

Allan Benetti

***

No banco, sorrindo, olhando o céu

A esperança ainda existia

No coração de quem um dia muito chorou.

Aline Albergoni

***

Na madrugada fria
o vira-lata caminha

na estrada vazia.

Ludimila Maria

***

De tantas preocupações na vida

Passamos por coisas boas

sem ter o direito de voltar atrás.

Daiane Alves

Alunos do Técnico em Informática

Sob orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

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HAICAIS

Lareira queimando
Pessoas se escondendo
Frio que não cessa

Poliana da Cunha Luz

***

As ondas a quebrar
o som a vibrar no vazio
uma noite sem lua.

Raíssa Pimentel Vilas Boas

***

Tentei mas não achei
A bela flor que deixei
No jardim do Alecrim.

Jéssika Correia

***

Uma noite linda
estrela brilha no céu
e pessoas na terra.

Mateus de Freitas Cunha

***

Todos alegres
A menina muito triste
de repente, se pôs a sorrir.

Bruna Kawane Carneiro de Souza

***

Acordando de manhã
O som do galo soa
Olho na janela, ele sai pulando.

Gustavo de Freitas de Oliveira

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As estrelas vêm
com seu brilho exaltar
E a terra iluminar.

Giseli Silva Arana

***

Abro a janela
Já é hora de acordar
e um novo dia começar.

Guilherme Henrique Barbosa

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As flores são belas
mas quando caem,
muitos pisam nelas.

Marcus Vinícius Belon de Oliveira

***

O vento que refresca
joga areia no olho
a vida é assim.

Eduardo Brandani Vidal

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Alunos do 2° B - Formação Docente.

Sob orientação da professora Wânia Laura de Souza Baum

O HAICAI

O haicai é o menor poema que existe. É constituído apenas de três versos (três linhas).

Em sua forma clássica, o 1º verso e o 3º devem ter cinco sílabas, e o 2º, sete. Trata-se de sílabas poéticas (não gramaticais).

O haicai nasceu na literatura japonesa.

Afrânio Peixoto foi quem trouxe essa modalidade poética para o Brasil, por volta de 1919, tendo sido autor dos primeiros haicais da nossa Literatura.

Quem, entretanto, regulamentou e popularizou o haicai no Brasil foi o poeta Guilherme de Almeida, estabelecendo métricas, rimas e títulos.

Modernamente, o haicai brasileiro não faz exigência de rimas, mas exige a métrica de cinco sílabas, para o 1º e 3º versos, e sete sílabas, para o 2º verso.

Helena Kolody também se distinguiu nesta modalidade poética. Através de sua singular inspiração, seus haicais foram magnitudes poéticas. Por tudo isso, tornara-se ícone imortal da poesia contemporânea, merecedora de lugar de glória nos anais da Literatura Paranaense e Brasileira.

Lairton Trovão de Andrade

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Homenagem a Helena Kolody

Lairton Trovão de Andrade

- haicais -

Nasceu uma Estrela,

brilha Helena Kolody,

poemas luzindo.

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Culto da poesia,

musa Helena Kolody,

venerandas letras.

***

Dizem os poetas:

Helena Kolody vive

nas linhas do haicai.

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HISTÓRICO

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO FRANCISCO NOGUEIRA - EMNP

Em 28 de dezembro de 1967 é fundada a Escola Normal Colegial Estadual da cidade de Pinhalão, cuja instalação ocorreu em 07 de fevereiro de 1968. Os exames de seleção e habilitação foram realizados nos dias 16 e 17 de fevereiro do mesmo ano.

O patrono da Escola Normal coube ao ilustre Leonardo Francisco Nogueira, primeiro prefeito de Pinhalão, escolha ocorrida em 22 de maio de 1968. A primeira diretora nomeada foi a professora Florinda Auad Domingos, permanecendo no cargo até 1982. No mesmo ano, o professor Lairton Trovão de Andrade foi eleito o segundo diretor, através da primeira eleição de voto direto interno no referido estabelecimento de ensino. Em 18 de outubro, ainda do mesmo ano, a escola passa a denominar-se Colégio Estadual “Leonardo Francisco Nogueira” – Ensino de 1° e 2° Graus.

Atualmente denomina-se Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira – EMNP, cuja gestão compete ao professor Gilberto Hito.

- Em homenagem ao Centenário Helena kolody -

Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira - EMNP.

Pinhalão - Paraná

Com o surgimento de novos movimentos e gêneros literários, em especial, na poesia, o aparecimento de versos livres, característica singular de Helena Kolody, que transcendem o seu próprio ser através da revelação do avesso de sua alma.

Nos poemas subjetivos de Helena Kolody há, por excelência, sintonia entre inspiração e sensibilidade, que repercutem na entrega da escritora naquilo que lhe afligia ou alegrava a alma. A partir da singularidade poética da autora o lirismo brota a partir dos anseios e almejos, dos quais podem ser percebidos através de um “espelho”, onde este simboliza os reflexos de seu íntimo através de um estado de consciência, de inteligência e de sensibilidade, trazendo à tona a linguagem da alma.

A expressão abstrata de Helena Kolody deixa em evidência a profundidade de si mesma através de seus versos, de forma que estes encontram-se enraizados na percepção particular da mesma, envolvendo, assim, o espírito de quem os lê.

O envolvimento intrínseco de Helena Kolody com sua prole literária reflete uma profunda sensibilidade envolta à uma inteligência singular, o que vem a resultar em supremas poesias retiradas de seu âmago. Nos versos da poetisa, a sua alma aparece nua.

Por conseguinte, em comemoração ao Centenário da poetisa Helena Kolody, o

Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira, representado pelo diretor Gilberto Hito, tendo por intuito propagar a arte e promover a literatura em seu âmbito cultural e social, partindo do acervo literário de Helena Kolody, cuja poetisa paranaense através da manifestação de temas sociais e emotivos, consolidou seus versos a partir de uma singularidade poética ímpar.

Afim de que a arte literária possa ser percebida e absorvida por todos, em especial, por nossos jovens alunos, como fatores intrínsecos à nós mesmos, cuja expressão artística, tanto em verso quanto em prosa, voltada ao lirismo ou à ciência social, possa ser reflexo de nossas ações enquanto sujeitos sociais e culturais.

Lilian Andrade.

Tema Simples. Imagens de tema por kelvinjay. Tecnologia do Blogger.